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RaivaA raiva tem uma grande e interessante história. Desde a Antiguidade Plutarco afirmava que, segundo Atenodories, a raiva foi primeiramente observada em humanos na época de Asclepíade, o descendente da divindade da medicina Esculápio. Action, um famoso caçador da mitologia, ao encontrar Diana e seus servos mortos na banheira, concluiu que eles teriam sido mortos por cães raivosos. Na Ilíada, Homero se referia à raiva quando mencionava Sirius, a estrela cão de Orion, exercendo uma influência maligna sobre a saúde humana. A estrela cão Sirius foi associada aos cães raivosos em todo o Mediterrâneo Oriental, Egito e Roma. Os gregos tiveram uma divindade especial em sua mitologia para neutralizar os efeitos da raiva, chamada Aristeu, filho de Apolo.

A raiva é uma doença infecciosa aguda, com prognóstico fatal em todos os casos. É causada por um vírus que se replica no sistema nervoso central, do qual passa para as glândulas salivares. O vírus é eliminado com a saliva de pessoas ou animais enfermos e penetra no organismo através de mordedura. 

Seu período de incubação varia conforme o local em que ocorre a mordedura (as mordidas em áreas ricas em fibras nervosas, como as mãos, os pés e a face, são especialmente perigosas, e o período de incubação tende a ser curto), a quantidade de vírus inoculado, a capacidade de resposta do sistema imunológico do enfermo e a procedência do vírus em relação à espécie animal que causou a mordedura.

O período de incubação mais frequente varia de 2 a 3 meses, porém pode ser de apenas 6 dias ou chegar a 1 ano ou, excepcionalmente, até mais. O início da doença é com febre de 2 a 4 dias, cefaléia, mal-estar geral, náuseas e dor de garganta.

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