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O diabetes mellitus (DM) não é uma única doença, mas um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que apresentam em comum a hiperglicemia. Essa hiperglicemia é resultado de defeitos na produção, ação ou na secreção de insulina ou em ambos.
A classificação proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS) inclui quatro classes clínicas da doença: DM tipo 1, DM tipo 2, outros tipos específicos de DM e diabetes mellitus gestacional. Ainda existem duas categorias, referidas como pré-diabetes, que são a glicemia de jejum alterada e a tolerância à glicose diminuída. Essas categorias são consideradas fatores de risco para o desenvolvimento. Neste artigo vamos enfatizar o DM tipo 2. Principais diferenças entre diabetes tipo 1 e 2.
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DM tipo 1 |
DM tipo 2 |
Idade de início |
Geralmente < 30 anos |
Geralmente > 40 anos |
Cetose |
Comum |
Rara |
Peso corpóreo |
Não obeso |
Obeso (80%) |
Associação com outras doenças auto-imunes |
Ocasional |
Não |
Secreção de insulina |
Deficiência grave |
Resistência no receptor de insulina |
Tratamento com insulina |
Sempre |
Geralmente não |
O DM tipo 2 é gerado por defeitos na ação e na secreção da insulina. A maioria dos pacientes com essa forma de DM apresenta sobrepeso ou obesidade. O DM pode ocorrer em qualquer idade, mas é geralmente diagnosticado após os 40 anos. Os pacientes não são dependentes de insulina exógena para sobrevivência, porém podem necessitar de tratamento com insulina para obtenção de um controle metabólico adequado.
A evolução para o DM tipo 2 ocorre ao longo de um período de tempo variável, passando por estágios intermediários que recebem o nome de glicemia de jejum alterada e tolerância à glicose diminuída. Esses estágios seriam decorrentes de uma combinação de resistência à ação insulínica e disfunção das células beta. Já no DM tipo 1 o início geralmente é abrupto.
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