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Como é feito o diagnóstico?
Fica evidente que azia é queixa comum a várias condições mórbidas. Cuidadosa avaliação clínica (história ou anamnese e exame físico) possibilita o diagnóstico, do qual depende o tratamento. Não raro, é necessária a realização de exames subsidiários. Esses exames são obrigatórios quando há: possibilidade de câncer, sangramento ou alteração nutricional. Indivíduos com mais de 50 anos, com antecedentes pessoais ou familiares de câncer gástrico, doenças de risco de morte ou de graves conseqüências, que apresentem anemia, emagrecimento, icterícia, dificuldade para deglutir ou sono prejudicado pela azia devem ser investigados, submetidos a exames subsidiários.
Paciente que não se encaixa nessas condições pode relatar o que teria provocado a azia e, a princípio, não requerer investigação. Parasitose intestinal pode ser evidenciada pela eliminação espontânea ou com as fezes de verme. Azia pode ter se apresentado após o uso de determinado anti-inflamatório ou após ingestão exagerada de álcool ou certo alimento. Para portador de doença do refluxo gastroesofágico, pode ocorrer com transgressão alimentar (aumento na ingestão de gordura, por exemplo) ou ao se deitar após uma refeição. Indivíduo que com anti-inflamatório apresenta azia provavelmente repetirá o quadro ao voltar a fazer uso da medicação, qualquer que seja a via de administração (oral, dérmica, retal, intramuscular ou intravenosa) e independentemente de ser após alimentação ou com leite (“com o estômago forrado”).
Os exames subsidiários, necessários à investigação, baseiam-se na avaliação clínica, portanto na hipótese diagnóstica elaborada. Endoscopia digestiva alta é o exame mais pedido. Simples exame de fezes pode ser o suficiente. Exames de imagem (como ultra sonografia ou tomografia) ou mesmo pHmetria e manometria podem ser necessários, assim como a impedanciometria.