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Assim, devemos sempre raciocinar diante de um TCE sob o ponto de vista de alguns itens:

1- o indivíduo recuperou totalmente a consciência?

2- Existe uma dor de cabeça que está piorando progressivamente?

3- Existem náuseas e vômitos?

4- Existe qualquer alteração neurológica?

5- Houve crise convulsiva?

Diante da resposta "sim" para qualquer questão acima, é necessário levar a vítima de TCE ao pronto-atendimento. Além disso, não devemos tentar alimentar ou oferecer líquidos ao paciente. É importante tentar manter a vítima de TCE "acordada" com o objetivo de acompanhar o nível de consciência e interação com o ambiente. No pronto-atendimento, a investigação complementar com exame de imagem será definida pelo médico atendente, assim como cuidados gerais e tempo de observação ou até internação hospitalar.

Cabe ressaltar que existem algumas situações de risco, em que a chance de hemorragias após um TCE pode ser alta. Por exemplo, nas pessoas que fazem uso de remédios que alteram a coagulação do sangue, desde aspirina até anticoagulantes e um fitoterápico largamente utilizado no Brasil, o Gingko Biloba.

Enfim, o TCE considerado "leve" é uma situação comum, enfrentada por crianças, jovens e idosos. A preocupação com os sinais de alarme e grupos de risco define prioridades e aqueles indivíduos que devem ser levados prontamente a um serviço de urgência e emergência. Entretanto, nunca é demais lembrar que a melhor conduta é a prevenção. Assim, cuide-se para não cair!

 

 

Dr. André Felício, CRM 109.665, neurologista, doutorado pela UNIFESP/SP, pós-doutorado pela University of British Columbia/Canadá e médico pesquisador do Hospital Israelita Albert Einstein/SP

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