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Como é feito o diagnóstico?
Os tumores intracranianos são diagnosticados através dos exames de neuroimagem. A ressonância magnética (RM) de crânio é o exame que melhor demonstra a presença do tumor e que fornece mais informações e detalhes a seu respeito, através de diferentes etapas denominadas de aquisições (T1, T2, flair, difusão, perfusão, T1 com contraste, espectroscopia e angioressonância, entre outras técnicas). A tomografia computadorizada (TC) de crânio é realizada também sem e com administração endovenosa de contraste, e é superior à RM apenas para demonstrar a presença de calcificações e de hemorragias agudas relacionadas com os tumores, e alterações ósseas associadas.
É importante salientar que existem tumores intracranianos que apesar de se mostrarem de forma bem evidente na RM são mal demonstrados pela TC, e que a administração endovenosa de contraste otimiza as suas demonstrações em ambos os exames e propicia a observação de características muito importantes destes tumores. Os meios de contraste destes dois exames são muito diferentes, sendo que as substâncias contrastantes utilizadas nas RMs (contrastes paramagnéticos) rarissimamente causam reações alérgicas ou outras reações adversas.
As substâncias contrastantes utilizadas nos exames de TC (contrastes iodados) podem eventualmente causar reações alérgicas, atualmente, incomuns e em geral de pequena intensidade. No entanto, pessoas com histórico prévio de tais reações com contrastes devem evitar a sua utilização, e priorizar o exame de ressonância magnética.
Dada a ação do campo eletromagnético do exame de RM a presença de metais no corpo do paciente pode causar distorções das suas imagens (artefatos de imagem), elementos metálicos podem ser eventualmente mobilizados (pacientes com clips metálicos aplicados em artérias e aneurismas intracranianos não devem ser submetidos a exames de RM), e marca-passos e outros sensores ou estimuladores podem ser desregulados (pacientes com estes implantes a principio também não devem ser submetidos a exames de RM). Eventualmente outros exames podem também ser necessários para a melhor avaliação de determinados tipos de tumores intracranianos.
Os exames de neuroimagem são solicitados não só quando existem suspeitas da presença de um tumor intracraniano, mas também na avaliação de outros possíveis acometimentos neurológicos, o que pode eventualmente demonstrar a inesperada presença de um tumor, inclusive na ausência de manifestações clínicas decorrentes deste tumor.
Uma vez diagnosticada a presença de um tumor intracraniano em um exame de neuroimagem, caberá ao neurocirurgião decidir sobre a necessidade ou não de indicar procedimentos que visem o diagnóstico do tipo de tumor e o seu tratamento.
Qual o grupo de pessoas essa doença mais acomete?
Dada a grande diversidade de tumores intracranianos, esta afecção, infelizmente, acomete todas as idades e grupos de pessoas. Cada tipo de tumor se relaciona predominantemente com uma determinada faixa etária. No entanto, paralelamente à incidência de tumores de outras partes do corpo, os tumores intracranianos são mais comuns em pessoas de idade.