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Que tipos de exames são feitos para detectar possíveis problemas de visão?

Os exames básicos de detecção de problemas da visão são: medida da acuidade visual, em uma tabela de visão; exame do equilíbrio das forças musculares da movimentação ocular para a detecção de estrabismo, por exemplo; exame biomicroscópico da parte anterior do olho com aumentos de 10 a 40 vezes; exame dos vícios de refração (miopia, hipermetropia e astigmatismo), com lentes de prova ou refrator; exame do fundo de olho com oftalmoscópio; exame da pressão ocular para a detecção do glaucoma. Além disso, existe uma infinidade de exames mais especializados que são aplicados em função dos resultados dos exames básicos, acima descritos. Os exames básicos respondem por cerca de 95% do diagnóstico oftalmológico. É preciso lembrar que, seja qual for o exame, ele tem que ser interpretado pelo médico; exames automatizados não substituem o bom médico.

 

A maioria dos problemas de visão pode ser tratada ou alguns deles não podem ser revertidos?

Felizmente, a maioria dos problemas oculares tem tratamento. Entretanto, o dano provocado pela enfermidade nem sempre pode ser revertido. O glaucoma, por exemplo, pode ser estacionado, mas os danos do nervo óptico não podem ser desfeitos. Danos não revertidos são chamados de sequelas. As feridas da córnea de origem infecciosa podem ser eficientemente tratadas, mas invariavelmente deixam cicatrizes. Se estas forem centrais, a visão é fortemente afetada. A cicatriz pode ser tratada com um transplante de córnea, mas as irregularidades ópticas do enxerto podem ser tão grandes que a visão não volta a ser como era antes.

 

 

Prof. Dr. Sidney Júlio de Faria e Sousa: formado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP). Residência, Doutorado e Livre-docência na mesma instituição. Pós-doutorado no Smith-Kettlewell Institute of Vision Sciences, San Francisco, CA, USA e na Indiana University, Indianapolis, IN, USA. Chefe do Setor de Córnea do Departamento de Oftalmologia da FMRP-USP e Diretor Clínico do Banco de Olhos do HC- FMRP-USP. Filiado ao Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo – CREMESP – sob o nº 18880.

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