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Quando foi lançado, o Viagra causou um grande alvoroço. O que a chegada do medicamento representou nos estudos sobre o tema?

Não há dúvida de que a chegada do Viagra fez uma revolução no comportamento sexual de homens e casais, pois possibilitou o retorno à vida sexual de muitos homens que estavam reclusos e inseguros. Isso proporcionou um aumento de sua autoestima e confiança na sexualidade, melhorando o relacionamento conjugal, interpessoal e a qualidade de vida. Muitas mulheres, no entanto, sentiram-se ameaçadas e "enciumadas" com este produto exclusivamente masculino. Muitas esposas até hoje perguntam se não existe um similar para melhorar ou "turbinar" o desempenho sexual feminino.

 

Por que existe tanta resistência por parte dos homens em admitir o problema e buscar ajuda de um especialista?

Esse tabu existe porque é muito difícil admitir um fracasso sexual na nossa sociedade exclusivamente "machista". Imagine esse homem "fracassado" ter de repartir o problema sério perante uma pessoa que ele mal conhece (um médico, por exemplo). O homem já nasce com o papel de ser um "mulherengo" e conquistador de mulheres. Nesse caso, imagine o peso de ter uma dificuldade de ereção e não conseguir ter confiança para manter um relacionamento sexual. É catastrófico!

 

De que forma problemas como diabetes e tabagismo podem influenciar na disfunção erétil?

Costumo dizer aos meus pacientes que o pênis se comporta como um vaso sanguíneo: todos os fatores que fazem mal ao sistema cardiovascular em geral trarão um malefício à saúde de seu pênis, entre eles diabetes e tabagismo. O pênis desses homens terá uma circulação deficitária e a inervação também poderá ter prejuízo. Enfim, toda prevenção visando uma saúde sexual satisfatória e longeva é baseada na saúde geral do cidadão. Afinal de contas, o pênis faz parte do nosso corpo.

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