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Como se desenvolve?

O priapismo é, por definição, uma ereção peniana permanente, que ocorre sem estímulo sexual, geralmente dolorosa. No priapismo de baixo fluxo, acontece diminuição do retorno venoso peniano, ocorrendo então represamento do sangue nos corpos cavernosos (estase vascular), que leva à ereção permanente. Nesses casos, o sangue represado e não renovado leva a um estado de isquemia tecidual, que é doloroso.

No priapismo de alto fluxo há aumento do fluxo normal de sangue para os corpos cavernosos, mas não há alteração do retorno venoso. Desse modo, há um afluxo sanguíneo que supera a capacidade de drenagem, causando uma ereção persistente. Como há renovação do sangue, não há isquemia tecidual e não há dor.

 

Quais os sintomas? Há dor no ato sexual?

O paciente mostra-se ansioso, referindo ereção prolongada e desconfortável. Há tumescência peniana dolorosa ou não, com grau variável de rigidez (na dependência do envolvimento parcial ou total dos corpos cavernosos). A tentativa de ato sexual pode ser dolorosa.

 

Como é feito o diagnóstico?

É eminentemente clínico, com base na história e no exame físico. A diferenciação entre o priapismo de baixo fluxo e o de alto fluxo pode ser feita por meio da gasometria do sangue aspirado do corpo cavernoso. Para os casos em que há suspeita de priapismo de alto fluxo, pode-se também utilizar o eco-color-Doppler peniano, que evidenciará fluxo arterial peniano intenso, e a arteriografia seletiva, que poderá confirmar a presença de alto fluxo sanguíneo.

 

Medicamentos para disfunção erétil podem provocar priapismo?

Sim, as drogas vasoativas (como a papaverina e a prostaglandina E1) administradas por injeção peniana (intracavernosa) podem causar priapismo, especialmente se utilizadas sem controle médico adequado.

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