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Como se caracterizam os ataques agudos?
Os ataques agudos quase sempre começam com dor forte que se localiza normalmente no abdome, mas também pode ser sentida nas costas ou coxas. Náuseas, vômitos e constipação também são comuns.
Algumas pessoas podem ficar muito confusas durante um ataque agudo e, posteriormente, ter dificuldade para lembrar-se dos detalhes da crise aguda da doença. Convulsões e fraqueza muscular, que pode levar à paralisia motora, são sintomas menos comuns, porém indicam crise mais grave, levando à internação hospitalar.
A pulsação e a pressão sanguínea podem aumentar, mas raramente a níveis perigosos. Um ataque agudo geralmente não dura mais do que uma ou duas semanas, mas pode haver risco de vida por causa das complicações neurológicas graves, como paralisia motora. Se a paralisia ocorre, a recuperação é gradual, mas lenta, se o paciente receber a tempo o tratamento adequado.
Existem causas externas que podem desencadear as crises? Quais seriam elas?
Crises agudas são frequentemente provocadas por drogas, álcool e mudanças hormonais, como, por exemplo, aquelas associadas ao ciclo menstrual. Infecções e situações de estresse podem também provocar um ataque agudo.
A idade mais comum para uma crise aguda é entre o final da adolescência até os quarenta anos de idade. Muitas pessoas têm apenas um ou poucos ataques agudos durante toda a vida e apenas uma minoria sofre ataques repetidos, que, infelizmente, podem ser ataques recorrentes durante vários anos, prejudicando a saúde do paciente com porfiria aguda, mesmo que sem necessidade de internação hospitalar. Contudo, em algumas instâncias, ataques agudos podem ser bem graves, particularmente se provocados por determinados medicamentos ou álcool, levando a alterações no sistema nervoso central e periférico, com acometimento motor, perda de movimentos e insuficiência ventilatória.
Muitas pessoas que sofrem uma crise de porfiria aguda têm, em geral, uma recuperação completa. Após o período de crise, são capazes de levar uma vida normal, sendo necessário, porém, que tomem algumas precauções para reduzir o risco de ter outro ataque. As mulheres são três vezes mais propensas a ter um ataque agudo, devido principalmente à oscilação dos hormônios femininos em virtude do ciclo menstrual.