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Como é feito o diagnóstico dessa cardiomiopatia?

O diagnóstico da miocardiopatia hipertrófica basicamente é feito através de exame de imagem como o ecocardiograma (ultrassom do coração), onde se evidencia um aumento da espessura da musculatura do ventrículo esquerdo sem causas outras (como pressão alta, por exemplo).

 

Quando a miocardiopatia é detectada, quais são os cuidados necessários para evitar os eventos de morte súbita?

Quando se faz o diagnóstico de miocardiopatia hipertrófica, é importante saber o histórico familiar deste indivíduo e se ele tem algum dos fatores de risco já citados para morte súbita. Infelizmente, em alguns casos, a primeira manifestação desta doença é a morte súbita. Quando o indivíduo possui alto risco, está indicado o implante de um tipo especial de marca-passo chamado Cardioversor Desfibrilador Implantável (também chamado de CDI), que monitora o ritmo cardíaco e, em caso de arritmias graves e potencialmente fatais, aplica até um choque para restabelecer o ritmo cardíaco se necessário.

 

Tratamento cirúrgico ou medicamentoso: qual é a opção geralmente adotada? Depende do tipo de paciente e de outros fatores?

Sempre mantemos o tratamento medicamentoso nestes pacientes e lançamos mão de outras terapias conjuntamente apenas em casos refratários. A cirurgia de miectomia (isto é, retirada cirúrgica de parte da musculatura do ventrículo esquerdo) é a opção mais antiga de tratamento dos casos refratários e tem indicações específicas. Como medicamentos, há preferência pelos betabloqueadores ou bloqueadores de canais de cálcio (nos casos em que não se pode usar betabloqueador, como em pessoas com asma).

 

 

Dra. Claudia Fragata é cardiologista e membro da SOBRAC (Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas).

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