Banda e Balão: duas novas técnicas de cirurgia bariátrica

Balão Intragástrico

O que é?

É uma técnica restritiva, na qual o médico põe um balão de silicone dentro do estômago do paciente através de um procedimento endoscópico. É como se fosse uma endoscopia. Depois de colocar o balão, ele injeta, através do cano, uma solução de soro fisiológico e azul de metileno dentro do balão.

Ele incha, fazendo com que o reservatório do estômago tenha menos espaço. Assim, o paciente se sacia mais rápido. A técnica não é definitiva, ela dura 6 meses. Depois desse tempo, o balão deve ser retirado. É uma reeducação alimentar mais eficaz, pois é fisiológica.

Para quem é indicado?

É indicado para pacientes com sobrepeso, ou seja, IMC maior que 25, a partir de 27 a 27,5, para pacientes que não querem fazer cirurgia ou que não agüentariam uma por condições clínicas. Um superobeso também pode se beneficiar da técnica. Ele coloca o balão, emagrece um pouco e faz a cirurgia definitiva, correndo menos riscos durante a operação.

Como é o pré-operatório?

Toda cirurgia bariátrica precisa de um acompanhamento multidisciplinar. A técnica do balão é muito mais tranqüila, mas necessita de uma avaliação nutricional e psicológica.

Antes de operar, o paciente deve ficar 8 horas em jejum.

Qual é a anestesia?

É uma sedação, como se fosse uma endoscopia. Para o conforto e a tranqüilidade do paciente, o anestesista faz uma sedação maior. A hora que o paciente começar a recuperar a lucidez, o balão já foi colocado.

Como é o pós-operatório?

O paciente fica no consultório durante 2 horas e vai embora. Fica uma semana em dieta líquida e outra em pastosa. Passados 6 meses da cirurgia, o balão é retirado com a mesma técnica endoscópica. O paciente fica um dia tomando líquidos e 12 horas em jejum, e só depois o balão é retirado. Para colocar o balão novamente, é necessário esperar mais 6 meses, para que o estômago não seja agredido.

Quais são os riscos?

Há o risco da perfuração do balão. Por esse motivo é colocado o azul de metileno na solução que incha o balão. Caso haja a perfuração, a urina da pessoa ficará verde. Há também o risco do deslocamento do balão, que pode obstruir o trânsito alimentar. Nestes casos, é necessário fazer uma cirurgia para a retirada do balão. Porém, é bem raro ambos os casos acontecerem.

Quais são as vantagens?

O risco é baixíssimo e a técnica pode ser indicada para pacientes com sobrepeso.

Há trabalhos científicos mostrando que a técnica é 5 vezes mais eficaz que uma dieta clínica.

Quais são as desvantagens?

É uma técnica temporária e, apesar de ter poucos riscos, é menos segura que uma dieta com reeducação alimentar. Outra desvantagem é que, dependendo do paciente, pode haver um desconforto abdominal e náuseas nas primeiras 48 horas.

Há trabalhos científicos comparativos que mostram que a perda de peso é mais efetiva e mais duradoura na cirurgia tradicional. Porém, o paciente pode conseguir um resultado excelente com essas técnicas menos invasivas. De qualquer forma, o melhor método para perder peso deve sempre ser indicado por um profissional, já que cada paciente responde melhor a uma determinada técnica. Consulte seu médico para conhecer as possibilidades.