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A febre de chikungunya é uma doença que provoca febre alta, dores de cabeça, mal-estar e dores nas articulações. Parte das pessoas infectadas desenvolve a forma crônica da doença, caracterizada por fortes dores nas articulações, que duram entre seis meses a um ano.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, em dezembro de 2010 o Ministério da Saúde determinou o aumento das ações de vigilância e prevenção da febre de chikungunya, uma doença que até agosto nunca havia sido registrada no País. Desde então, três casos foram confirmados.
O Idmed convidou o Dr. Jacyr Pasternak para explicar melhor o assunto. Veja abaixo:
O que é febre de chikungunya?
A febre pelo vírus chikungunya é uma doença emergente (está invadindo áreas onde antes não existia) e se espalhando: o seu habitat natural é a África, mas casos estão acontecendo fora do continente. Uma grande epidemia ocorreu na ilha de Reunião em 2005/2006, quando mais de 40.000 casos foram detectados em poucas semanas, com cerca de 200 mortes. O nome é curioso: significa “o que se contorce” na língua Kimakonde, da Tanzânia e de Moçambique, porque realmente dá uma intensa dor pelo corpo a ponto da pessoa se contorcer e não achar uma posição confortável para ficar. A doença é veiculada por mosquitos Aedes, os mesmos que transmitem a febre amarela e a dengue.
Quais são as causas?
A causa é um vírus do grupo alphavirus, transmitido por mosquitos, um arbovírus.
Como a febre de chikungunya se manifesta?
A doença começa 2 a 6 dias após a picada do mosquito contaminado com o vírus. Ela se inicia com febre alta que aparece de repente, dores articulares fortes e em alguns casos manchas na pele; o paciente em geral melhora em alguns dias, mas a maior parte dos pacientes desenvolve uma dor articular persistente. Na fase aguda realmente o paciente não consegue se mexer sem ter dor; na fase posterior ele consegue se mover, mas essa dor incomoda e pode persistir por semanas e até meses.
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