Índice deste artigo:

Combinar dois ou mais medicamentos sem orientação médica ou alterar as doses previamente estabelecidas, por conta própria, também podem causar sérios problemas. Um exemplo são os remédios para emagrecer combinados a antidepressivos, que provocam cardiopatias. Outras drogas, se tomadas com doses aumentadas, alteram a pressão e elevam o risco de infarto.

Moreira relata que, na prática clínica, é bastante comum o uso abusivo e contínuo de anti-inflamatórios não hormonais, que aliviam a dor e a inflamação, porém acarretam inúmeros danos à saúde e ao tratamento.

“A maioria de nossos remédios pode matar se usados de forma inadequada ou excessiva. Um exemplo disso é a medicação usada para aumentar o poder de contração do músculo cardíaco, os digitálicos. A intoxicação leva o paciente a anorexia crescente, seguida de náuseas e vômitos. Posteriormente, aumentam as arritmias cardíacas de maior complexidade, até as potencialmente fatais”, adverte o especialista.

Uma solução para reduzir os riscos da automedicação seria um maior rigor na venda destas substâncias, com retenção das receitas nas farmácias, sugere Moreira. “Entretanto, a maioria dos medicamentos é vendida livremente, sem nem precisar de prescrição médica”.

Publicidade