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Síndrome de AlstromCaracterísticas da doença

A síndrome de Alstrom é uma afecção genética herdada de forma autossômica recessiva. Assim os portadores possuem dois genes alterados (homozigotos recessivos - aa), e seus pais são considerados heterozigotos (AA) e não manifestam qualquer sinal clínico da patologia.

Caracteriza-se por distrofia das células tipo cone e dos bastonetes da retina, obesidade, perda auditiva neurossensorial progressiva, miocardiopatia dilatada, resistência à insulina e atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. Ampla variabilidade dos sinais clínicos é observada entre os indivíduos afetados, e mesmo entre irmãos afetados. A distrofia das células tipo cone e dos bastonetes da retina apresenta-se como deficiência visual progressiva, fotofobia e nistagmo que pode iniciar-se entre o nascimento e a idade de 15 meses. Os indivíduos afetados perdem a percepção da luz por volta dos 20 anos. As crianças geralmente têm peso normal ao nascimento, mas se tornam obesas durante seu primeiro ano de vida, resultando em obesidade infantil truncal. Perda auditiva neurossensorial progressiva apresenta-se, na primeira década, em até 70% dos indivíduos. A perda auditiva pode progredir para forma severa ou moderadamente severa (intervalo 40-70 db) no final da primeira ou segunda década de vida. A resistência à insulina/diabetes mellitus tipo 2 apresenta-se frequentemente na infância e geralmente é acompanhada por alterações da pele do tipo acantose nigricans. Outras alterações endócrinas podem incluir hipotireoidismo e hipogonadismo hipogonadotrófico masculino. Mais de 60% dos indivíduos com a síndrome de Alstrom desenvolvem insuficiência cardíaca como resultado de cardiomiopatia dilatada em alguma fase da vida. Cerca de 50% dos indivíduos têm atraso no início de marcos de desenvolvimento. Doença renal grave normalmente é um achado tardio. Os primeiros sinais da doença renal podem ser poliúria e polidipsia resultante de um defeito de concentração secundária à fibrose intersticial. Estágio final da doença renal terminal (DRT) pode ocorrer já no final da adolescência.

 

Diagnóstico/teste

O diagnóstico da síndrome de Alstrom é baseado atualmente nos achados das características clínicas. ALMS1 é atualmente o único gene conhecido associado à síndrome de Alstrom. O teste genético molecular do gene ALMS1, porém, somente detecta mutações em 25%-40% dos indivíduos.

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