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Por outro lado, quais são as desvantagens dessa técnica?

A principal desvantagem da cirurgia robótica é o seu custo. Por essa razão, ela é indicada principalmente para os casos mais complexos, quando as reduções do tempo de UTI e de internação aproximam o custo final de uma internação por cirurgia convencional.

O equipamento custa em média R$ 3,5 milhões, além da manutenção em torno de R$ 200 mil por ano. Além disso, os planos e seguros de saúde não reembolsam o aluguel do robô, que custa de R$ 6 mil até R$ 12 mil. Outra desvantagem poderia ser considerada a necessidade de treinamento especial por parte do cirurgião, mas isso não chega a ser uma dificuldade maior, pois o treinamento é relativamente rápido. Existem centros de treinamento espalhados pelo mundo, onde se pode realizar o treinamento específico e programar o início da realização de procedimentos em seres humanos.

 

No Brasil, existe perspectiva para que a técnica possa ser utilizada na rede pública ou o seu alto custo impede que isso aconteça?

A cirurgia robótica ainda não está disponível na rede pública. Acreditamos que, com o avanço da tecnologia e a diminuição dos custos, estará disponível para a população menos favorecida num prazo de dois a cinco anos. Esta é uma grande tendência, porque a robótica representa atualmente a excelência das cirurgias minimamente invasivas avançadas dos grandes centros médicos por todo o mundo, e o Brasil está trilhando o mesmo caminho.

A sua utilização na rede pública se inicia na área da Cirurgia Oncológica. Prova disso é a recente incorporação de um equipamento pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) no Rio de Janeiro. Com o início dos trabalhos, se espera ampliar o acesso da população a esta fantástica tecnologia.

 

 

Dr. Flavio Daniel Saavedra Tomasich é médico formado pelo Curso de Medicina da Universidade Federal do Paraná (Curitiba). Realizou Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e posteriormente Residência Médica em Cirurgia Oncológica no Hospital Erasto Gaertner de Curitiba. Título de Especialista em Cirurgia Geral pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões. Título de Especialista em Cancerologia pela Sociedade Brasileira de Cancerologia. Título de Especialista em Cirurgia Oncológica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica. Mestre e Doutor em Cirurgia no Curso de Pós- Graduação da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Professor adjunto III do Departamento de Cirurgia da Universidade Federal do Paraná. Coordenador das Disciplinas de Técnica Cirúrgica e Cirurgia Experimental I e II do Curso de Medicina da Universidade Federal do Paraná. Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica e Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões Capítulo do Paraná.

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