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Embora para a população em geral ela seja uma novidade, a cirurgia robótica já é conhecida há tempos na medicina mundial. A primeira descrição do uso de um robô foi em 1985, quando o PUMA 560 foi utilizado durante a realização de uma biopsia no cérebro e era apenas um braço robótico. Em 1988, o PROBOT, desenvolvido no Imperial College London, foi usado para realizar uma operação de próstata. Quatro anos depois, o ROBODOC, da empresa Integrated Surgical Systems, foi usado em cirurgia de quadril.

"Na década de 90, as Forças Armadas norte-americanas contribuíram para o desenvolvimento desta tecnologia pela necessidade de se realizarem cirurgias à distância, onde os braços robóticos estariam junto ao paciente, próximos aos fronts de batalha, enquanto em alguma outra parte do mundo o cirurgião principal faria o procedimento cirúrgico, atuando num joystick. No início, houve várias limitações técnicas que foram sendo ultrapassadas com o decorrer do tempo, chegando aos sistemas atuais", analisa o médico e cirurgião geral Dr. Flavio Daniel Saavedra.

No Brasil, a cirurgia robótica está presente desde 2008, na época restrita apenas à cidade de São Paulo. Na atualidade, também existem robôs cirúrgicos no Rio de Janeiro, sendo que o número de aparelhos e de procedimentos aumenta lentamente, o que limita o acesso a esta tecnologia.

Saiba mais sobre a evolução da técnica de cirurgia que utiliza robôs e como ela tem se desenvolvido na obtenção de melhores resultados na entrevista completa com o especialista.

 

Em quais tipos de cirurgia essa técnica tem sido mais utilizada?

Urologia, Cirurgia do Aparelho Digestivo, Ginecologia, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Cirurgia Torácica, Cirurgia Cardíaca, Cirurgia Oncológica e Ortopedia são especialidades que têm utilizado a cirurgia robótica. Atualmente, todas elas tentam definir os procedimentos mais apropriados para serem realizados por esta tecnologia.

Geralmente, a cirurgia é indicada para casos mais complexos, como tumores de próstata, hérnia de hiato volumosa, tumores do aparelho digestivo, endometriose profunda com acometimento do reto, tumores pancreáticos, entre outros. A maioria dos procedimentos cirúrgicos pode ser realizada com cirurgia robótica, devendo ser definidos os benefícios e os custos de cada um dos mesmos.

Em especial na cirurgia oncológica, a tecnologia robótica possui todos os atributos necessários para possibilitar uma abordagem radical, precisa e com diminuição das complicações. A radicalidade e a precisão são necessárias para a remoção dos tumores, possibilitando as melhores chances de cura. Ao mesmo tempo, a cirurgia robótica minimiza a agressão cirúrgica própria das grandes cirurgias oncológicas.

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