Hoje é comemorado o Dia Nacional de Doação de Órgãos e, para comemorar a data, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lançou, no dia 25, a nova campanha para estimular a doação de órgãos.

A campanha, com as mensagens-chave "Não deixe a vida se apagar. Seja doador de órgãos. Fale com a sua família", tem objetivo de sensibilizar e estimular a doação de órgãos em todo o país. Na peça publicitária da campanha aparece Matheus Bitencourt Lazaretti, de sete anos, que foi transplantado há alguns anos.

O Brasil é referência mundial no campo dos transplantes. Atualmente, 95% das cirurgias no país são realizadas no Sistema Único de Saúde (SUS). O Sistema Nacional de Transplantes (SNT) é gerenciado pelo Ministério da Saúde, pelos estados e municípios.

Durante a solenidade, o engenheiro Haroldo Rodrigues da Costa, transplantado de rim desde 1997, fez um depoimento emocionado. Defensor da divulgação da importância dos transplantes, Costa disse que é um vitorioso por ter conseguido um doador de rim. "As pessoas que estão à espera por um transplante, assim como eu, podem vencer", disse comovido.

Depois do transplante, ele já participou de quatro participações no World Transplant Games, nos anos de 1999, em Budapeste, Hungria; 2003, em Nancy, na França; no ano de 2011, em Gothenburg, Suécia; e 2013, em Durban, na África do Sul. O evento reúne 1,5 mil participantes de 50 países, a cada dois anos. Haroldo Costa contou que foi premiado duas vezes, nos anos de 2011 e 2013, com medalha de bronze na modalidade tênis de dupla, disputada com Edson Arakaki, transplantado de rim.

Ações

O Ministério da Saúde vem investindo na adoção de medidas para estimular a doação de órgãos no país. Uma delas foi a parceria firmada com o Facebook, que completou um ano em julho. Em 2012 eram 121 mil e, hoje, são 135 mil, aumento de 12% no número de internautas que se declaram doadores.

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Para o vídeo da campanha é exibida uma sequência de cenas com velas que se acendem e se apagam, simbolizando a vida que pode iluminar outras vidas. Em materiais gráficos, informações e esclarecimentos úteis quanto ao processo de doação de órgãos. Por exemplo, para ser doador no Brasil, não há necessidade de fazer uma declaração por escrito, em nenhum documento. Basta conversar com a família sobre o desejo de ser doador. A doação só acontecerá após a autorização da família.

Órgãos que podem ser doados

Vários órgãos sólidos podem ser doados, como fígado, coração e pulmão, além de tecidos (córnea) e medula óssea. No caso de doador falecido, deve haver a constatação da morte encefálica, diagnóstico dado por dois médicos diferentes, com a comprovação de exame complementar, interpretado por um terceiro profissional. Portanto, não existe dúvida quanto ao diagnóstico.

Números são positivos

De acordo com o Ministério da Saúde, a aceitação familiar em relação à doação melhorou. Em 2003, a negação era de 80%, já no ano passado esse número caiu para 45%. Entre os fatores que influenciaram essa mudança estão ações desenvolvidas pelo Ministério da Saúde, como lançamento anual de novas campanhas, parceria inédita com o Facebook e criação de incentivos financeiros para ampliar os serviços habilitados.

Outro dado que reforça a mudança de comportamento da população é de que o Brasil levou 23 anos (1987 a 2010) para chegar a 9,9 doadores por milhão de pessoas (PMP). Já nos últimos três anos, esse número cresceu para 13,5 doadores por milhão da população (1º semestre de 2013). A meta do Brasil é chegar a 15 por milhão até 2014. Em 2012, esse percentual fechou em 12,8 doadores. Por outro lado, houve queda de 40% na quantidade de pessoas na fila de espera por transplantes nos últimos anos. Os números caíram de 64.774, em 2008, para 38.759, em 2013.

 

 

Fonte: Ministério da Saúde

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