O Ministério da Saúde, em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciou nesta semana a coleta de dados para a primeira edição da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Além de trazer perguntas sobre a saúde da população, a pesquisa propõe a coleta de sangue e de urina, aferição de pressão arterial e medição de peso e de altura.
Para fazer o levantamento, o ministério e o instituto farão uma divisão em duas etapas. Na primeira delas, os entrevistadores do IBGE visitarão 80 mil domicílios de 1,6 mil municípios de todo o país e farão perguntas sobre os moradores, como utilização dos serviços de saúde, cobertura de planos de saúde e a situação de idosos, crianças e pessoas com deficiência.
Após a consulta inicial, um morador maior de idade de cada domicílio será sorteado aleatoriamente pelos computadores do IBGE e responderá a questões mais específicas, como acidentes e violências sofridas, percepção do estado de saúde, doenças crônicas, estilo de vida, saúde bucal, etc.
Ainda na primeira etapa, o morador selecionado terá medida a sua altura, a sua circunferência da cintura e o seu peso, além da pressão arterial aferida. Já na segunda etapa, da qual participarão apenas 25% dos domicílios, um laboratório credenciado pelo Ministério da Saúde fará uma visita agendada para fazer coleta de sangue e de urina.
De acordo com os organizadores da pesquisa, um dos objetivos do exame de urina é medir os níveis de sódio, potássio e creatinina no organismo. Enquanto isso, com a análise de sangue, será possível reconhecer doenças como anemia, dengue e diabetes, além dos níveis de colesterol e creatinina, substância que aponta a existência de possíveis problemas renais.
Segundo Deborah Malta, diretora do Departamento de Análise da Situação da Saúde do Ministério da Saúde, as informações da pesquisa, que levarão aproximadamente três meses para serem coletadas, irão permitir que os gestores públicos tracem o melhor plano de estratégia para o combate de doenças.
"Vamos analisar tanto os acessos a serviços quanto a existência de doenças crônicas como a diabetes e a hipertensão. Também vamos conhecer outras questões relacionadas ao comportamento de saúde. Todas essas informações vão apoiar o Ministério da Saúde no desenvolvimento de políticas públicas de promoção, prevenção e controle das doenças", afirma Deborah.
Após a realização das duas etapas, os entrevistados poderão ter acesso às informações coletadas e receberão orientação para procurar o sistema de saúde caso sejam diagnosticados com algum problema. A expectativa do IBGE e do Ministério da Saúde é que a pesquisa seja feita a cada cinco anos.
Fonte: Agência Brasil