A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta semana dados atualizados e preocupantes sobre aleitamento materno. Segundo a entidade, apenas 38% das crianças do mundo são amamentadas exclusivamente com leite materno nos seus primeiros seis meses de vida. O número está muito longe da meta da OMS, que é de pelo menos 50% até 2025.
O aleitamento materno, de acordo com a entidade, é a principal fonte de nutrição para bebês e crianças pequenas, além de ser um dos principais agentes para garantir a saúde. O leite materno contribui ainda para a redução dos riscos do desenvolvimento de doenças da vida adulta, como a obesidade e o diabetes.
Com o objetivo de melhorar a saúde de crianças de até 5 anos no mundo todo, governos de mais de 170 países organizam, desde ontem (1º), uma série de atividades para comemorar a Semana Mundial do Aleitamento Materno. Apesar disso, a OMS alerta que apenas 37 dos 199 países signatários das diretrizes sobre o tema possuem leis específicas para impedir, por exemplo, a publicidade de produtos substitutos do leite.
Aleitamento materno no Brasil
Ainda que venha realizando vários esforços para estimular o aleitamento materno no país, o governo brasileiro reconhece que as taxas, em especial as de amamentação exclusiva, estão abaixo do recomendado pela OMS. De acordo com a última pesquisa do Ministério da Saúde, feita em 2009, 41% das crianças com menos de 6 meses de vida recebem alimentação exclusivamente por aleitamento, enquanto 67,7% mamam durante a primeira hora de vida.
Apesar de estar abaixo em alguns índices, o Brasil conta hoje com a maior rede de bancos de leite do mundo, com 210 unidades e 117 postos de coleta. Anualmente, segundo o ministério, o país coleta 166 mil litros de leite, que beneficiam 170 mil recém-nascidos aproximadamente. Para 2013, há uma expectativa de que a pasta invista cerca de R$ 7 milhões em bancos de leite, valor quatro vezes maior do que tem sido gasto atualmente (cerca de R$ 1,7 milhão).
Fonte: Agência Brasil