O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), ligado à Faculdade de Medicina da USP e à Secretaria de Estado da Saúde, lançou nesta semana um novo projeto para a reabilitação de mulheres com câncer. A iniciativa, feita em parceria com a Rede de Reabilitação Lucy Montoro e com o Centro de Práticas Esportivas da USP, tem como objetivo utilizar o remo como forma de superar a doença.
Batizado de "Remama", o projeto paulista prevê treinamentos com remada para pacientes que passaram por cirurgia ou sessões de quimioterapia. Os treinos serão realizados no próprio Icesp e posteriormente passarão a ser feitos ao ar livre, na Raia Olímpica de Remo da Universidade de São Paulo.
"A prática de exercícios pode trazer inúmeros benefícios ao paciente oncológico, por melhorar a aptidão física, a autoestima e a saúde mental. O esporte contribui ainda para a redução de quadros dolorosos, da fadiga, dos transtornos do humor e dos distúrbios do sono, altamente prevalentes neste grupo de pacientes", ressalta a coordenadora médica do serviço de reabilitação, Christina Brito.
Por ser considerado um esporte completo, pois aumenta a capacidade aeróbica e trabalha toda a musculatura, inclusive a região peitoral, o remo foi escolhido como "carro-chefe" do projeto. Além de contribuir com o ganho de massa muscular, ele ainda terá como principal objetivo promover a prática regular de atividade física, mesmo após o término da reabilitação dentro do hospital.
De acordo com os organizadores da iniciativa, os treinos do Remama irão começar no barco-escola da Raia Olímpica da USP. Após uma preparação inicial, os alunos estarão aptos a pilotar, ao ar livre, outras embarcações, como canoas individuais ou barcos com quatro a oito remos.
"Estamos iniciando um movimento nacional. A ideia é ampliar o serviço às demais clínicas médicas do Icesp, ou seja, aos pacientes em tratamento contra outros tipos de tumores e, também, levar a iniciativa para outras unidades públicas de saúde", destaca Christina.
Fonte: Secretaria da Saúde de SP