Você sabia que mulheres estressadas têm uma chance sete vezes maior de desenvolver a Dependência de Substâncias Doces (DSD), também conhecida como fissura por alimentos doces? Isso é o que sugere uma pesquisa realizada na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP pela aluna de mestrado Danielle Marques Macedo, com orientação da professora Rosa Wanda Diez Garcia, do Departamento de Nutrição e Metabolismo.

Para realizar o estudo, foi pega como base uma amostra composta por 26 mulheres sem estresse e outras 31 diagnosticadas com o problema. A partir daquelas com a DSD, foi observado que a maioria descreveu a presença de alguns sintomas:

- Comem doces para se sentir melhor ou mudar o estado de humor;

- Precisam de quantidades de doce cada vez maiores;

- Sentem sintomas na ausência de doces;

- Consumo maior do que o pretendido inicialmente;

- Passam horas pensando em formas de adquirir o doce;

- Redução das atividades diárias e de lazer para consumir doces;

- Continuam consumindo doces, mesmo sabendo dos malefícios que podem trazer.

 

Influência da leptina

Apesar de não haver diferença estatística na ingestão média diária de açúcares de mulheres com ou sem estresse, o estudo verificou que mulheres diagnosticadas com o problema sentem mais vontade de comer doces, já que os níveis basais de leptina (hormônio que favorece o consumo de alimentos ricos em açúcares) são significantemente mais altos nas dependentes de doces.

Ainda segundo o estudo, não foram encontradas diferenças significativas nos dados antropométricos de mulheres com e sem estresse, a não ser a medida da circunferência abdominal, consideravelmente maior entre as mulheres estressadas.

 

Fonte: Agência USP

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