Você já ouviu falar em hiperplasia prostática benigna? O aumento benigno da próstata, como também é conhecido o problema, tem uma maior incidência em homens mais velhos e cresce ainda mais com o passar dos anos.

Segundo um levantamento feito pelo ambulatório de urologia do Centro de Referência da Saúde do Homem, órgão da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, a hiperplasia prostática benigna atinge 25% dos homens com mais de 50 anos de idade. A partir dos 65 anos, essa porcentagem cresce para 30% e chega a 90% após os 80 anos.

Responsável pela produção de esperma nos homens, a próstata é uma glândula que pesa aproximadamente 20 gramas. Com o passar dos anos, o seu crescimento é natural, porém, quando as células da região invadem os tecidos vizinhos, podem comprimir a bexiga e a uretra, causando dificuldade ao urinar, além de uma maior dificuldade de retenção.

"O homem precisa levantar várias vezes durante a noite para urinar. De dia, as pausas também são constantes e podem prejudicar o rendimento no trabalho ou impedir uma viagem distante, por exemplo. A doença acaba comprometendo a sua qualidade de vida", afirma o médico coordenador do ambulatório de urologia, Cláudio Murta.

Além do avanço da idade, outro fator que pode influenciar a incidência da hiperplasia prostática benigna é a alta ingestão de gorduras e a hereditariedade. Pai ou irmão que tiveram a doença, por exemplo, representam uma chance até três vezes maior de desenvolver a doença.

 

A importância do exame de "toque"

Para fazer o diagnóstico da doença, o paciente deve passar por dois tipos de exame: um laboratorial, conhecido como PSA (antígeno prostático específico), que mede os níveis da substância e serve como marcador biológico, além de outro exame físico, bem mais conhecido, que é o exame de "toque".

Apesar da sua grande importância para o diagnóstico da doença, o exame ainda é recusado por 20% dos homens, segundo Murta. "Podemos afirmar que os homens estão mais conscientes e, por influência da esposa e dos filhos, buscam mais ajuda médica. Mesmo assim, eles ainda vivem menos do que as mulheres. Nosso trabalho é acabar com a insegurança criando uma relação de confiança com estes pacientes", ressalta.

 

Fonte: Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo

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