O câncer de próstata é o câncer mais comum entre os homens e neste ano o número de casos no país deve chegar a pouco mais de 60 mil. De acordo com dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer), em 2010 o número de mortes decorrentes da doença ultrapassou 12 mil. Por isso, o Instituto Lado a Lado pela Vida, com apoio da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), organizou uma ação de conscientização ao público na Avenida Paulista, em São Paulo, chamada de Um toque, um drible. De acordo com a coordenadora do Instituto de Projetos do Instituto Lado a Lado pela Vida, Denise Blaques, a campanha pretende chamar a atenção dos homens para a importância do exame de toque retal.

A próstata é uma glândula do tamanho de uma castanha que só o homem tem e está localizada na parte baixa do abdômen, logo abaixo da bexiga, à frente do reto. Como os outros exames não conseguem chegar até a região, com o toque é possível o médico sentir se há algum aumento, anomalia ou endurecimento da região. "O instituto detectou que o preconceito do homem em ir ao médico continua muito forte. No caso do câncer de próstata, é necessário que o homem consulte um urologista e faça o exame de sangue PSA, além do toque retal. Só com esses dois exames o médico consegue avaliar se a próstata está saudável ou não", disse Denise Blaques.

Os principais sintomas da doença são: dificuldade para urinar, pouca urina, dor ao ejacular, dor nos ossos e sangue na urina ou no sêmen. Porém, de acordo com Denise, muitos homens não apresentam sintomas, o que acaba dando a ilusão de que está tudo em ordem com a sua saúde. "Geralmente quando a doença apresenta os sintomas já está em estágio avançado, ficando mais difícil reverter a situação e dar maior sobrevida ao paciente", disse.

Por isso, o ideal é que a partir dos 50 anos o homem procure atendimento específico e faça todos os exames. Se houver histórico de câncer na família, o indicado é procurar o médico após os 45 anos. A visita ao urologista, em ambos os casos,  deve ser anual. "O exame é rápido e indolor. O único caminho é se conscientizar, não ter preconceito e cuidar da saúde. A proposta do instituto é continuar insistindo na importância da informação." Denise ressaltou que dados do Inca apontam que, além da faixa etária e do histórico familiar, os negros também apresentam maior incidência da doença.

O tratamento depende da avaliação de cada pessoa e, de acordo com Denise, pode haver algumas sequelas, mas nada que não possa ser corrigido com medicamentos existentes no mercado. "O ideal é diagnosticar o mais cedo possível. Se detectado em estágio bem inicial, há chances de cura de 90%", diz ela.


Fonte: Agência Brasil

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