Uma pesquisa realizada por uma companhia de biotecnologia, em conjunto com médicos e pesquisadores de dois hospitais chineses, descobriu a eficácia na utilização de células-tronco provenientes do cordão umbilical no tratamento da cirrose biliar primária (CBP). O estudo, divulgado recentemente na publicação especializada Stem Cell Discovery, é pioneiro no tipo.
Segundo o diretor do departamento de hepatologia do 2º hospital afiliado da Faculdade de Medicina Kumming, professor Jin-hui Yang, os resultados são promissores, mesmo que ainda sejam necessários mais estudos clínicos antes que as células-tronco sejam utilizadas como terapia aceita para o tratamento da cirrose.
"Dada a gravidade da cirrose hepática e os problemas a ela relacionados, além do número limitado de opções disponíveis para tratar os que sofrem com ela, esta descoberta representa inovação importante e potencialmente significativa", ressalta o pesquisador.
A cirrose biliar primária é uma doença do fígado crônica e progressiva que afeta uma a cada mil mulheres com idade acima de 40 anos. Além disso, de acordo com a pesquisa, aproximadamente um terço dos pacientes que sofrem com a CBP não respondem bem ao tratamento com o ácido ursodeoxicólico (UDCA), que atualmente é o único medicamento aprovado pela agência federal de alimentos e medicamentos dos EUA, a FDA.
"Com o crescimento das pesquisas que demonstram a eficácia dos tratamentos com células-tronco em diversas doenças crônicas, este mais recente estudo é um marco no esforço contínuo da conquista por uma ampla aceitação e reconhecimento da medicina regenerativa como uma corrente principal de opções de tratamento", afirmou o Dr. Sean Hu, presidente da companhia de biotecnologia.
O estudo de caso relatado na Stem Cell Discovery envolveu uma mulher de 58 anos de idade que sofria de CBP e desenvolveu hérnia durante o tratamento com o ácido ursodeoxicólico. Após completar uma semana do transplante de células-tronco, a paciente demonstrou melhoras nas funções do fígado, sem que fossem observados efeitos colaterais adversos.
Fonte: Beike Biotechnology Co. Ltd.