A baixa umidade relativa do ar, comum no período do inverno, começa a ser motivo de alerta nas principais capitais do país, principalmente devido ao aumento do número de internações nos hospitais. Em São Paulo, na tarde da última segunda-feira (20), foi registrado um índice de umidade de 32%, valor que deixou a capital em estado de observação, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE).

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para que as condições ambientais sejam as ideais, o índice de umidade relativa do ar deve ficar acima dos 60%, número bem distante daquele registrado pela capital paulista. Devido a isso, só no Hospital Municipal Infantil Menino Jesus, a busca por atendimento aumentou aproximadamente 40%.

Entre as principais consequências do clima seco estão as doenças relacionadas ao sistema respiratório, como viroses, ardência e ressecamento dos olhos, boca e nariz, além de infecções das vias aéreas, que atingem especialmente as crianças durante este período.

Para o médico pneumologista Fábio Muchão, do Ambulatório Médico de Especialidades (AME) do bairro de Heliópolis, a baixa umidade do ar dificulta a dissipação dos poluentes, que acabam inalados e provocam algumas dessas doenças respiratórias. "Com o ar mais seco, as vias aéreas são diretamente afetadas, facilitando a entrada de vírus e bactérias. A prevenção é o melhor remédio", orienta.

Se você pretende prevenir crises de algumas das principais doenças respiratórias comuns nesta época, como a bronquite e o enfisema, as recomendações são abusar da ingestão de líquidos, deixar um recipiente com água ou pano molhado no quarto antes de dormir a fim de umidificar o ambiente e evitar exercícios físicos entre as 10 e as 17 horas, período em que a umidade relativa do ar fica mais baixa.

Além disso, é importante lavar as narinas com soro fisiológico ou fazer inalações, evitar ambientes fechados com grande concentração de pessoas e manter ambientes arejados, livres da poeira e do tabaco.

 

Fonte: Agência Brasil

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