A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pretende aumentar as restrições para a venda de medicamentos de tarja vermelha no Brasil. Nesta quarta-feira, o presidente da agência, Dirceu Balbano, afirmou em entrevista à Folha de S. Paulo que estão sendo preparados esforços para fechar o cerco às farmácias.
Segundo Balbano, essa é uma cultura que tem que acabar no país. "Estamos preparando um esforço para informar as ações que as vigilâncias sanitárias devem fazer. Dizer 'a venda de medicamentos de tarja vermelha sem receita é uma infração sanitária de tal ordem e a penalidade é tal'", afirmou.
Com a restrição, a Anvisa pretende fazer valer a inscrição "vendido sob prescrição médica", impressa nos medicamentos de tarja vermelha com a finalidade de alertar os consumidores quanto os riscos de efeitos colaterais graves e contraindicações.
Atualmente, a exigência da retenção de receita médica existe apenas para drogas controladas como os remédios de tarja preta e alguns de tarja vermelha como os antibióticos e algumas classes de anti-inflamatórios.
Para outros medicamentos de tarja vermelha como anticoncepcionais, remédios para hipertensão, antifúngicos e demais anti-inflamatórios, a receita chega a ser exigida. Porém, na prática, tais drogas são fáceis de ser adquiridas nas farmácias devido a não exigência de retenção de receita.
Fonte: Folha de S. Paulo