Na mesma semana em que aprovou o primeiro medicamento para a prevenção do vírus da Aids, a Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) volta a ser assunto principal no noticiário de saúde. Nesta terça-feira (17), a agência deu o seu OK para a venda do Qnexa, um medicamento poderoso para o tratamento da obesidade.
Desenvolvido pelo laboratório americano Vivus, o Qnexa foi aprovado para a aplicação a pessoas obesas, com índice de massa corporal (IMC) acima de 30, além de indivíduos acima do peso (IMC acima de 27), desde que tenham alguma doença relacionada, como pressão alta, diabetes e colesterol alto.
Após testes clínicos realizados com 3.700 pacientes com sobrepeso ou obesos, foi verificado que aqueles que ingeriram altas doses do medicamento perderam até 8,9% do peso quando comparados a outros pacientes que tomaram apenas as pílulas do placebo, um dispositivo para controle do efeito de drogas.
Segundo o especialista em diabetes e que participou na assessoria dos estudos, Dr. Abraham Thomas, as novas drogas não substituem as mudanças no estilo de vida, mas podem ser importantes ferramentas. "A obesidade é um dos maiores problemas que encaramos nos cuidados com a saúde e precisamos de mais ferramentas para ajudar as pessoas a perder peso", afirma.
Apesar dos benefícios oferecidos pelo Qnexa àqueles que sofrem com a obesidade, a agência americana deixou claro que o medicamento, composto por pentarmina e topiramato, não deve ser ingerido durante a gravidez, já que pode causar danos ao feto durante o tratamento.
Fonte: WebMD