No que diz respeito a planos de saúde coletivos, o que a princípio pode parecer mais barato no final pode acabar saindo mais caro. O alerta é do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), que chama a atenção para o fato de que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) não regula reajustes de planos coletivos. Dessa forma, apesar de não exigirem carência, os planos coletivos podem trazer problemas indesejáveis no futuro.

De acordo com a advogada do Idec, Joana Cruz, o governo nacional deveria intervir no mercado coletivo, já que ele responde por cerca de 80% dos usuários de planos de saúde em todo o Brasil. "Enquanto o índice de reajuste dos planos individuais, determinado pela ANS, será de até 7,93%, os planos coletivos têm reajustes livres, deixando os consumidores desamparados", explica a especialista em saúde suplementar.

Além de alertar para a falta de regulação dos reajustes, Joana sugere que os consumidores estejam atentos aos percentuais de reajustes dos últimos anos e de quanto deverá ser o próximo aumento. Segundo a advogada, tal medida pode preparar o usuário para oscilações de valores, evitando que seja pego de surpresa.

 

Justificativa da ANS

Para justificar a falta de regulação de reajustes de planos coletivos, a ANS sugere que se trata de uma relação entre pessoas jurídicas (empresas e operadoras), que, ao contrário do caso individual, têm grande poder de barganha. Além disso, outra diferenciação é a ausência do prazo de carência na modalidade coletiva, que permite ao usuário migrar para outra operadora que apresente condições mais favoráveis a ele.

Apesar da justificativa dada pela agência, o Idec mantém o alerta sobre os reajustes que estão acima da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que podem comprometer cada vez mais a renda dos clientes. "Temos estudos mostrando que, em 30 anos, o plano de saúde vai absorver 50% da renda do usuário", aponta a advogada do Idec.

 

Planos de saúde são proibidos

Na última semana, a Agência Nacional de Saúde (ANS) suspendeu a comercialização de 268 planos de saúde vendidos por 37 operadoras. Segundo a agência, a medida foi tomada em decorrência do desrespeito aos prazos máximos de atendimento aos usuários.

Para saber mais sobre a lista de planos e operadoras suspensos pela ANS, acesse o link:

http://www.ans.gov.br/index.php/planos-de-saude-e-operadoras/contratacao-e-troca-de-plano/1629-planos-de-saude-suspensos

 

 

Fonte: Agência Brasil

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