Dois anos depois do escândalo envolvendo as próteses de silicone PIP, um novo estudo promete reacender a polêmica em torno do tema. De acordo com um relatório do Serviço Britânico de Saúde, o material usado nas próteses da PIP não é tóxico nem cancerígeno, embora a taxa de ruptura seja duas vezes maior do que a normal.

Em 2011, após a descoberta de que os produtos tinham silicone industrial que poderia causar câncer e elevada taxa de ruptura, o dono da PIP chegou a ter a sua prisão decretada pela Justiça da França, país de origem da fábrica. No Brasil, o efeito foi imediato e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a importação de próteses até que o Inmetro crie um sistema de avaliação e qualidade dos produtos.

Segundo Bruce Keogh, diretor médico e líder das novas pesquisas com o PIP, os implantes foram testados em diferentes países e não são tóxicos. Logo, a conclusão a que se pode chegar é que os produtos não representam uma ameaça a longo prazo para a saúde das mulheres, apesar de apresentarem padrão de qualidade inferior quando comparados a outros.

Mesmo com a divulgação do resultado do estudo, o assunto ainda é tratado com muita cautela. Para o presidente da Associação Britânica de Cirurgiões Plásticos, Fazel Fatah, as pacientes devem ter resguardado o direito de remover os implantes, principalmente pela comprovação de que as próteses possuem maiores riscos de rompimento e vazamento.

 

 

Fonte: BBC Londres

 

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