Os cigarros com sabor devem sair de circulação nos próximos meses. Nesta terça-feira (14/2), os diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) chegaram a um consenso quanto à proibição do uso de aditivos em derivados do tabaco. A resolução, no entanto, ainda depende de uma votação, pois os dirigentes ainda buscam aprofundar as discussões.
Em declaração ao portal da Anvisa, o diretor-geral da agência, Agenor Álvares, revela que a proibição deve ter impacto direto na estratégia da indústria para incentivar jovens e adolescentes a começar a fumar, já que substâncias de sabor costumam mascarar o gosto ruim da nicotina. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), 45% dos fumantes de 13 a 15 anos consomem cigarros com sabor.
Além das substâncias que dão sabor aos cigarros, como mentol, cravo e canela, outras que potencializam a ação da nicotina e a tornam mais viciante também devem ser proibidas pela nova norma da Anvisa, como o acetaldeído, o ácido levulínico, a teobromina , a gama-valerolactona e a amônia.
A pauta sobre a proibição definitiva desses aditivos do cigarro voltará a ser discutida na próxima reunião da Diretoria Colegiada da Anvisa no mês de março. Se aprovada, os fabricantes têm o prazo de 18 meses após a publicação da norma para retirar o produto de circulação nacional.