Foi acidentalmente que a Universidade da Califórnia descobriu o que parece ser a solução para um antigo problema masculino: a calvície.
Estudando sobre a relação entre estresse e o trato gastrointestinal, os pesquisadores usaram ratos geneticamente modificados que produziam em excesso um hormônio do estresse chamado "fator liberador de corticotrofina", ou CRF, em inglês. Isso fazia com que os pelos dos ratos caíssem.
Após a queda dos pelos, os pesquisadores aplicaram durante 5 dias o composto o “astressin-b”, que impede que o hormônio do estresse aja. Após 3 meses, a equipe retornou para fazer novos testes e percebeu que os roedores tinham voltado a ser peludos. Pesquisas posteriores confirmaram a relação entre a aplicação do composto e o crescimento dos pelos.
O que mais intrigou os profissionais foi o fato de uma pequena quantidade de astressin-b ter sido o suficiente para manter os pelos dos ratos crescendo por 4 meses.
O CRF também é encontrado na pele humana, o que significa que a técnica possivelmente poderá trazer de volta cabelos aos calvos.
Sobre a calvície
A calvície é um problema que afeta cerca de 50% dos homens até a 5ª década de vida. Normalmente começa na fase final da adolescência e início da fase adulta. Apesar disto podem ser observados casos de calvícies que se iniciam após os 20, 30, 40 a até mesmo 50 anos de vida.
Atualmente, os tratamentos medicamentosos são as principais opções e costumam ser mais efetivos quando os pacientes começam a ser tradados logo no início do quadro. Calvícies moderadas também podem ter benefícios com o uso de medicamentos. Para os casos mais avançados são indicações os transplantes capilares ou próteses.
Fonte: PopScience