Nesse período de volta às aulas aumenta a preocupação dos pais com os temidos piolhos. É só ver o filho coçando a cabeça e imaginar o que poderá vir pela frente. Isso, porque é justamente nessa época que surge a maioria dos casos de pediculose, doença no couro cabeludo provocada pelos piolhos. O pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, Julio Vianna, explica que o surgimento de piolhos não está relacionado diretamente à falta de higiene, mas adverte que é importante evitar que as crianças compartilhem objetos, principalmente as meninas.

"O piolho não voa, o piolho não pula. Ele é um inseto, mas não tem asas para voar e não tem a perna adaptada para o salto como a pulga. Como é que eu passo o piolho de uma pessoa para outra? Através de contato direto ou então compartilhando objetos de uso pessoais. Como por exemplo, pente, boné, prendedor de cabelo. Isso é extremamente comum nas meninas."

Julio Vianna recomenda o uso de água e vinagre apenas para retirar lêndeas.

"Tem que deixar bem claro que a nossa cabeça não é salada para ser temperada com vinagre e água salgada. Você pega uma colher de vinagre e colher de água mistura. Você pega um pedaço de algodão, molha nessa mistura, envolvendo dois, três fios de cabelo pressionando da base para ponta, você faz uma pressão lentamente para retirar as lêndeas. A fêmea do piolho utiliza uma substância que é semelhante a uma cola para prender a lêndea no fio do cabelo. Desta forma, como o vinagre é um ácido asséptico ele quebra essa substância."

Além disso, o pesquisador lembra que, no momento de tratar a doença, os pais devem evitar ainda as famosas receitas caseiras e os produtos tóxicos, como xampus, que podem fazer mal à saude.

 

 

Reportagem de Juliana Costa - Ministério da Saúde

Link de acesso: http://www.webradiosaude.com.br/saude/visualizar.php?codigo_noticia=PDMS110102

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