O Redome, Registro Nacional de Doares de Medula Óssea, já conta com dois milhões de doadores voluntários cadastrados. Esse é o terceiro maior registro do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da Alemanha. O diretor do Centro de Transplante de Medula Óssea do INCA, Luis Fernando Bouzas, afirma que o grande número de voluntários aumenta as chances de um paciente conseguir o transplante de medula.
"Os pacientes que precisam fazer um transplante, só 30% desses pacientes encontram um doador compatível em sua família. Setenta por cento dos pacientes precisam de um doador que seja compatível geneticamente e que existe na população em geral. Por isso que é tão importante um país como o Brasil, que tem uma população de quase 200 milhões de habitantes, ter o seu próprio registro e um registro que seja constituído da diversidade genética da população."
Há onze anos, o Redome passou a ser administrado pelo INCA, Instituto Nacional do Câncer, e desde então o número de cadastrados aumentou em 16 mil por cento. De acordo com o médico Luis Fernando Bouzas, dois terços dos transplantes no Brasil foram feitos graças à Redome. Segundo ele, o registro brasileiro também atende outros países.
"Hoje a gente também já participa no esforço inclusive de mandar doadores para pacientes que estão em outros países, porque é um esforço mundial. Da mesma forma como nós usamos doadores que vêem de outros países para salvar vidas aqui dos nossos pacientes, nós também podemos mandar material para salvar vidas dos nossos irmãos que estão em outros países e que foram encontrados doadores aqui no Brasil."
O diretor do Centro de Transplante de Medula Óssea do INCA, explica que para ser um doador de medula óssea é preciso ter entre 18 e 55 anos de idade e estar com boa saúde. Para se cadastrar no Redome, basta procurar o hemocentro mais próximo de casa.
Reportagem de Juliana Costa - Ministério da Saúde
Link de acesso: http://www.webradiosaude.com.br/saude/visualizar.php?codigo_noticia=PDMS110078