Brasília – O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vai desenvolver uma nova vacina contra a febre amarela que provoque menos reações ou efeitos colaterais. O projeto usará como base uma planta para a criação do imunizante.

O estudo será feito em parceria com duas instituições de pesquisa dos Estados Unidos: o Centro Fraunhofer para Biotecnologia Molecular e o iBio Inc.

De acordo com a Fiocruz, os pesquisadores vão colocar os genes, responsáveis por produzir a principal proteína do vírus causador da febre amarela, nas folhas da Nicotiana benthamiana, espécie de tabaco hidropônica (cultivada sem tocar o solo, de forma suspensa e que recebe uma solução nutritiva).

Os primeiros testes clínicos da nova vacina estão previstos para ocorrer em três anos no Brasil e nos Estados Unidos. A Fiocruz vai investir US$ 6 milhões na pesquisa.

A vacina atual, produzida por Biomanguinhos, usa uma versão atenuada do vírus da doença desenvolvida em ovos de galinha. A febre amarela á transmitida pela picada da fêmea do mosquito infectada pelo vírus. A doença causa febre, calafrios, náuseas, vômito, icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos) e hemorragias, além de dores na cabeça e no corpo.

A vacina é aplicada a partir dos 9 meses de idade, com validade por dez anos. A única forma de evitar a febre amarela é a vacinação.

A estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que 30 mil pessoas morrem vítimas da doença todos os anos e 200 mil não são vacinadas.

 

 

Por Carolina Pimentel - Repórter da Agência Brasil

Edição: João Carlos Rodrigues

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