Um encontro realizado no Rio de Janeiro reúne oncologistas, mastologistas, epidemiologistas que trabalham com diagnóstico e tratamento do Câncer de Mama nos Estados Unidos e na América Latina. A ideia é traçar um perfil das mulheres que são acometidas pelo câncer de mama nas duas regiões do mundo. Por meio desse perfil, os pesquisadores vão buscar respostas mais eficazes aos tratamentos de câncer de mama, como explica a coordenadora de Pesquisa do Instituto Nacional do Câncer, Marisa Breitenbach.

"A gente tem alguns pacientes que já tem uma medicação alvo. Por exemplo quem é estrogênio a gente faz a quimioterapia e complementa com a outra medicação, específica para bloquear esses receptores do estrogênio. Porém, alguns pacientes, mesmo com essa medicação, ainda não tem uma resposta desejável como nós gostaríamos. E tem vários subtipos de câncer e cada um tem um comportamento diferente, então é isso que nós queremos rastrear."

Ainda segundo a coordenadora de Pesquisa do Instituto Nacional do Câncer, no encontro, pesquisadores buscarão descobrir formas para incentivar o diagnóstico precoce do câncer de mama.

"A maioria das mulheres quando chegam aos serviços dos hospitais de oncologias elas já chegam nesse estágio dois e três, que a gente caracteriza como localmente avançado. Nem todas respondem bem ao tratamento. Se a gente pegar num estágio mais precoce, a gente terá mais possibilidades de um sucesso terapêutico. Uma meta, pelo menos que o Inca e do Ministério da Saúde estão querendo levar sempre, de que a gente tem que dar informação de qualidade à mulher para que ela possa procurar o sistema de saúde mais precocemente."

A pesquisadora do Inca afirmou ainda que a ideia da Rede de Pesquisa é criar novos grupos para trabalhar com outros tipos de câncer. No Brasil, a Rede de Pesquisa de Câncer Estados Unidos – América Latina é coordenada Ministério da Saúde, integrada pelo Instituto Nacional de Câncer, pelo Hospital AC Camargo, o Instituto de Câncer do Estado de São Paulo, Octavio Frias de Oliveira, e o Hospital de Barretos. Os países participantes do estudo são Brasil, Estados Unidos, Argentina, Chile, México e Uruguai.

 

 

Reportagem de Juliana Costa - Ministério da Saúde

Link de acesso: http://www.webradiosaude.com.br/saude/visualizar.php?codigo_noticia=PDMS100679

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