Estudo mundial publicado no periódico American Journal of Public Health, realizado em onze países avaliou 12.618 propagandas de televisão. Do total, 67% eram de produtos com muita gordura, muito sal ou açúcar. No Brasil, segundo o levantamento, 95% das propagandas para crianças são de alimentos não saudáveis. Uma outra pesquisa feita pela nutricionista da Universidade de Brasília, Renata Alves, revela que pelo excesso da propaganda, as crianças que assistem muito à televisão comem mais doces e guloseimas e correm mais riscos de se tornarem obesas. Renata Alves afirma que é importante que os pais fiquem atentos e estimulem os filhos para a alimentação saudável.
"Fazer com que ele experimente, tenham relações prazerosas com os alimentos. Fazer pratos coloridos, ter uma relação mais positiva com o alimento. Não fazer com que o alimento não saudável seja um prêmio por ele comer o alimento saudável. Não fazer chantagem para o filho comer a abobrinha que está no prato para ganhar o sorvete depois, o alimento não saudável ser prêmio."
Renata Alves acrescenta que duas horas de televisão são suficientes para interferir nas escolhas alimentares das crianças. A coordenadora-geral da Política de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Ana Beatriz Vasconcelos, alerta para a importância da refeição em família para que as crianças cresçam com hábitos alimentares saudáveis.
"Evitar que a criança assista televisão na hora de comer, que é muito comum, ah é para a criança se distrair, mais isso a preocupação com a alimentação cede espaço a outros estímulos que desviam a atenção da família e da criança desse processo. Por isso, que é importante às refeições da família. Por isso, que é importante manter essa disciplina com relação a horário da oferta de alimentos, para que a criança vá crescendo com esses hábitos bem formados."
O Ministério da Saúde divulgou no primeiro semestre deste ano que o perfil do brasileiro está se tornando cada vez mais obeso. De 2006 a 2009, a proporção de pessoas com excesso de peso subiu de 42,7% para 46,6%.
Reportagem de Juliana Costa - Ministério da Saúde
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