O plexo braquial é um conjunto de cinco raízes nervosas que saem da medula, na altura do pescoço, para formarem todos os nervos que dão movimentos aos membros superiores: ombro, cotovelo, punhos, mãos e dedos. Um trauma nessa região pode provocar sérias conseqüências, até mesmo uma paralisia. Para alertar a população e os médicos sobre os cuidados necessários na hora de tratar uma lesão na área do plexo braquial, o chefe do centro de Microcirurgia Reconstrutiva e Cirurgia Plástica Reparadora do Into, Pedro Bijos, lança este mês o livro intitulado Plexo Braquial, em que traz informações sobre a patologia. Segundo Pedro Bijos, alguns pacientes demoram a receber o diagnóstico, o que prejudica o tratamento.
"Nós que fazemos cirurgia de referência, recebemos muitas vezes pacientes ou que foram mal orientados com relação ao tratamento, então chegam foram da época cirúrgica, porque o prazo máximo para se tentar recuperar uma lesão desse tipo é seis meses do acidente. Se chegar com um ano, já não vai ter mais o resultado ideal. Então, às vezes, lesões menos graves se tornam lesões graves e lesões graves se tornam irreparáveis por causa do tempo errado ou orientação até profissionais médicos que não conhecem bem, infelizmente, a patologia."
De acordo com Pedro Bijos, um levantamento do Into,Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, revelou que os acidentes com motos estão entre as principais causas de lesões no plexo braquial. Em mais de 90 por cento dos acidentes, há traumas. O chefe do centro de Microcirurgia Reconstrutiva e Cirurgia Plástica Reparadora do Into destaca outras maneiras de atingir o plexo braquial.
"Atropelamento, acidente de carro, queda, passeio de bicicleta e nas crianças o parto. Porque tem a paralisia traumática do adulto e a paralisia obstétrica, a do parto. A conseqüência é a mesma, a causa que é diferente."
Pedro Bijos, chefe do centro de Microcirurgia Reconstrutiva e Cirurgia Plástica Reparadora do Into, lembra que o livro aborda também assuntos como os impactos psicológicos e comportamentais em crianças e adultos com lesões no plexo braquial, cuidados de enfermagem no pós-operatório, diagnósticos, anestesia, tumores e cirurgias paliativas.
Reportagem de Juliana Costa - Ministério da Saúde
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