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A arritmia cardíaca é uma das doenças do coração que mais exigem cuidados. De acordo com levantamento encomendado pela Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC) e pelo Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV), somente em São Paulo, o problema está relacionado a 90% das 21 mil mortes de pessoas acometidas pela morte súbita.

A partir dos números de São Paulo, que levou em consideração dados oficiais do Ministério da Saúde e entrevistas com médicos de nível primário e secundário do Sistema Único de Saúde (SUS), foi possível projetar um parâmetro em nível nacional. Conforme levantamento, notou-se ainda que apenas 1,5% dos pacientes que sofrem de arritmia séria acabam recebendo os cuidados necessários na metrópole, que é a mais bem equipada do país.

Dentre os tratamentos mais utilizados em pacientes com alto risco de arritmias fatais, está o Cardioversor Desfibrilador Implantável (CDI). Esse dispositivo, semelhante a um marca-passo, controla corações que batem lentamente e regula as arritmias quando elas ocorrem. "Ele 'vigia' os batimentos cardíacos continuamente e, se ocorrer alguma arritmia potencialmente fatal, ele dispara um choque para reversão desta. Seu implante é muito semelhante ao implante de um marca-passo", explica o médico cardiologista Adalberto Lorga Filho.

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