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As Olimpíadas de Londres, que tiveram início na última sexta-feira (27), trazem reflexões sobre como o esporte é tratado por profissionais e amadores. Desde a primeira edição dos Jogos Olímpicos da era moderna, realizada em 1896, muitas coisas mudaram no que diz respeito à maneira com que a competição é encarada pelos atletas.
Quando os esportistas profissionais buscam a perfeição, principalmente aqueles que lutam por medalhas olímpicas, isso pode acarretar resultados negativos tanto fisiológicos como emocionais, a curto e longo prazo. São vários os fatores que contribuem para esses prejuízos à saúde e que vão desde as desgastantes viagens, até mesmo o uso de medicamentos para melhora de desempenho ou tratamentos.
Segundo o doutor em Fisiologia do Exercício, Dr. Carlos Mosquera, alguns desses malefícios já podem ser vistos nos primeiros dias de competições em Londres. "Vejam este começo de Olimpíada, com atletas de 15 e 16 anos batendo recordes. Imaginem esses jovens depois que terminarem a vida esportiva. Certamente, a última coisa que vão querer fazer é praticar esportes, pois "perderam" a melhor fase da vida", opina.
Um exemplo que ilustra bem o desgaste proporcionado pela competitividade do esporte é o dos ex-atletas, que normalmente acabam tornando-se obesos ou passam por problemas de saúde após o final de suas carreiras. "Certamente existem muitas variáveis para explicar isso, mas o que mais aparece nos discursos dos ex-atletas é que estão desgastados das atividades físicas. Foram muitos anos de dedicação não à saúde, mas aos resultados, tudo isso feito de uma forma não prazerosa, mas obrigatória", explica Mosquera.
- Ant
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