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Vale tudo na busca de um melhor desempenho esportivo? Para alguns atletas de alto rendimento e até jovens iniciantes, a resposta é sim, mesmo que isso custe a saúde. Segundo levantamento do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), instituição ligada à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), cerca de 1,4% dos estudantes brasileiros utilizam esteroides para entrar em forma e ganhar músculos.

De acordo com a pesquisa, que tem como base dados colhidos no ano de 2010 e foi divulgada no final de 2011, o número de menores de 19 anos que já utilizaram anabolizantes supera o daqueles que admitiram o uso de crack (0,7%). Nos Estados Unidos, a marca não passa de 1%, o que coloca as nossas autoridades de saúde em alerta.

Por incrível que pareça, não são apenas as drogas para aumento de desempenho que vêm sendo consumidas por atletas no mundo todo. Por muitas vezes, alguns deles são pegos com drogas sociais como a cocaína e a maconha, que, segundo doutor em Fisiologia do Exercício, Dr. Carlos Mosquera, não aumentam a performance, mas ajudam a relaxar.

Quer saber mais sobre o uso dessas drogas no esporte e sobre o doping genético, que promete dar o que falar nos próximos Jogos Olímpicos de Londres? Confira a entrevista completa com o fisiologista.

 

Em linhas gerais, quais são as drogas mais consumidas para o aumento de performance na prática de esportes?

Existem muitas, mas a mais conhecida é a eritropoietina, que é uma proteína natural que ajuda o desenvolvimento de glóbulos vermelhos, que transportam o oxigênio. Sua forma sintética é a Epoietin ou EPO, como é conhecida. Inicialmente, foi desenvolvida para tratar de anemias e, como funcionou para a medicina, também foi usada por atletas. É por isso que alguns atletas de fundo (corrida de resistência) treinam em países que estão em lugares muito altos, como a Colômbia, Bolívia e outros: para forçar o organismo a produzir mais glóbulos vermelhos, devido ao ar rarefeito.

Os esteroides anabólicos, derivados da testosterona (hormônio masculino), também são muito usados e colaboram com o aumento da massa muscular. O GH ou hormônio do crescimento é outro muito consumido. E também tem os genéticos, que só vamos descobrir quais são e como agem daqui a um tempo.

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