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O maior risco em relação ao exercício é a hipoglicemia durante e após a prática das atividades. Para evitá-la é necessário o controle com as medidas da glicemia antes, durante e após, e se houver necessidade ingerir carboidrato como sucos, bebidas isotônicas, bolachas e balas. "É preciso ter uma orientação para saber a intensidade e duração do exercício, não necessariamente um acompanhamento durante a prática, mas ser individualizado é interessante, pois cada indivíduo possui uma resposta e uma condição física diferente", explica ele.

Mas atenção: se a glicemia estiver acima de 250 mg/dL, é necessário ter cautela no exercício, e medi-la a cada 15 minutos. Caso ela permaneça igual ou elevada, deve-se parar o exercício e entrar em contato com o médico. Em casos de complicações crônicas como neuropatia periférica, devem-se evitar exercícios com impacto, como corridas e até mesmo caminhadas. E sempre monitorar a intensidade através da frequência cardíaca. "É preciso monitorar a glicemia durante os exercícios, pois a glicemia pode ter uma grande variação, tendo picos de hiperglicemia e hipoglicemia. Essa é uma orientação da Sociedade Americana de Diabetes", diz ele.

Não existe um horário específico em que a atividade deva ser praticada, mas é interessante para um melhor controle glicêmico se o exercício for regular e de preferência sempre no mesmo horário, pois ficará mais fácil ajustar as doses de insulina e medicamentos.

Segundo Komatsu, se a opção for pelo exercício pela manhã após o café da manhã, provavelmente não haverá necessidade de suplementar com carboidrato, mas se o horário escolhido for ao final da tarde, provavelmente haverá a necessidade de ingerir algum tipo de carboidrato. Após o treino sempre é importante ingerir carboidrato para evitar uma possível hipoglicemia tardia. O melhor será sempre consultar um nutricionista.

"Devemos ter uma atenção especial para aqueles que já possuem uma complicação causada pela diabetes, entre elas a neuropatia periférica, que causa a perda de sensibilidade nos pés. Nesse caso é muito importante sempre examinar os pés antes e depois do exercício para verificar se não há "bolhas" ou pequenas lesões, que poderão futuramente se transformar em uma úlcera, e utilizar um calçado adequado para o exercício, nesse caso um tênis macio com meia de algodão para absorver o suor", finaliza ele.

 

 

William Komatsu é Doutor e mestre em Ciências da Saúde pela Disciplina Endocrinologia da UNIFESP. Graduado em Educação Física pela Fefisa, especialização em Fisiologia do Exercício e Personal Training. Diretor técnico-científico da Bio-Track Atitude e Saúde.

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