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Como a prática da caminhada atua no organismo? Quais os benefícios para o corpo?

A prática regular de caminhada têm sido consistentemente relacionada à diminuição dos riscos para inúmeras doenças em pacientes adultos sedentários. Desse modo, pode-se supor que uma série de modificações orgânicas benéficas à saúde deve ocorrer nesses indivíduos. Por exemplo, recentes pesquisas conduzidas pelo Dr. Carl Caspersen e seus colaboradores do Centers for Disease Control (CDC) de Atlanta (EUA) têm demonstrado que a prática regular de caminhada pode atuar positivamente sobre a homeostase da glicose sanguínea e a sensibilidade insulínica, contribuindo assim na diminuição do risco para Diabetes do tipo II.

De maneira similar, estudos realizados pelo grupo coordenado pelo Dr. John Jakicic, da Universidade de Pittsburgh (EUA), têm observado que a prática regular de caminhada pode também melhorar não somente a composição corporal (ou seja, redução da adiposidade abdominal e controle do peso corporal), mas também o perfil lipídico (aumento do colesterol-HDL e diminuição do colesterol-LDL e triglicerídeos) de pacientes adultos sedentários em condição de sobrepeso corporal. Finalmente, todas essas modificações orgânicas, associadas a reduções na pressão sanguínea arterial e melhorias no fluxo sanguíneo, podem ainda contribuir para uma diminuição no risco para eventos coronarianos.

 

Quais os riscos para a saúde?

De um modo geral, a prática regular de caminhada está associada a um diminuído risco à complicações músculo-esqueléticas e/ou cardiovasculares em pacientes adultos sedentários sem quaisquer condições clínicas graves. Em relação às lesões músculo-esqueléticas, um recente estudo desenvolvido pelo Dr. Steven Blair e seus colaboradores do Instituto Cooper de Dallas (EUA), demonstrou haver nenhuma relação entre maiores quantidades de caminhada e um maior risco de lesões. Isso poderia ser notado mesmo em populações de maior risco, como pacientes com obesidade e/ou idosos. De modo similar, a prática regular de caminhada em uma intensidade moderada apresenta um risco negligível de complicações cardiovasculares em pacientes adultos sedentários sem quaisquer condições clínicas graves.

Entretanto, o emprego de medidas preventivas como a prática de atividades de aquecimento a priori ou atividades de volta à calma a posteriori da caminhada auxiliam na atenuação dos riscos à complicações cardiovasculares.

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