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Existe uma série de tipos e combinações de chocolates em versões ao leite, meio amarga, amarga, branco, diet, de soja, sem lactose. Mas, segundo a nutricionista, é importante ficar atento às diferenças.

Os chocolates diet, apesar de não conterem açúcar na composição, apresentam quantidades de gordura mais elevadas do que a versão tradicional, justamente para dar sabor e paladar que o açúcar, em falta na composição, daria.

O chocolate ao leite tradicional contém em média 35-45% de cacau e muito açúcar, cerca de 45-60 g em cada 100 g de chocolate, isto é, 60% do chocolate é de açúcar branco. E a quantidade de gorduras totais não é pequena, em 100 g chega a 30 g, que ocupa 55% da recomendação diária, e a do tipo saturada, cerca de 80% da quantidade recomendada. "E para quem gosta de chocolate branco, lembro que teoricamente ele nem poderia ser chamado de chocolate, porque ele não tem cacau em si na composição, e sim uma mistura de açúcar, leite e manteiga de cacau", diz Gabriela.

Por isso, dê preferência às versões amargas, com mínimo de 55-60% de cacau. Esse tipo de chocolate tem menos açúcar, mais cacau na composição e por isso apresenta boa concentração de substâncias antioxidantes chamadas de flavonoides (catequinas e proantocianidinas). Porém, durante as etapas de processamento, são perdidos cerca de 70% desses flavonoides devido a reações bioquímicas responsáveis, em parte, pela redução do amargor, o que faz com que o chocolate desenvolva o sabor ao qual o consumidor está acostumado. Então, quanto menos processamento, mais amargo o chocolate, maior o teor de cacau, maior a concentração de flavonoides. Essas substâncias da classe dos polifenóis apresentam propriedades anti-inflamatórias e estão ligadas à prevenção de doenças cardíacas, diminuição do colesterol ruim (LDL), prevenção de doenças do sistema nervoso e até contra o envelhecimento. "Então, quando for às compras, prefira as versões meio amargas/amargas e una o prazer do chocolate com seus benefícios à saúde", aconselha a nutricionista.

O chocolate passa a causar mal à saúde quando é consumido de forma exagerada, principalmente os de versão ao leite, que contêm muito açúcar e gordura, o que pode levar ao aumento de peso, de colesterol e nos níveis de glicose. Além disso, o chocolate apresenta substâncias estimulantes, como a cafeína, que não deve ter seu consumo elevado na gravidez, por exemplo. "Então por mais essa razão a moderação é a palavra de ordem, juntamente com a alimentação saudável que está cheia dos famosos compostos flavonoides nas frutas, legumes e verduras. E esse lembrete vale também para as versões amargas, que, apesar de terem menos açúcar e mais flavonoides, apresentam gordura também, e assim o excesso de consumo pode 'ofuscar' os benefícios", explica a nutricionista.

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