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Uma recente análise do órgão de defesa do consumidor Proteste observou que o pão integral, aquele que encontramos nos supermercados e que é bastante consumido pelo seu alto teor de fibras, não é tão integral assim. De acordo com os resultados, quatro das sete marcas testadas possuíam mais farinha tradicional do que a integral, também chamada de não refinada.

O resultado apresentado pelos testes, mais do que um desrespeito com o consumidor, evidencia a falta de regulamentação do setor e traz uma reflexão: qual é a quantidade indicada para que um pão possa ser considerado verdadeiramente integral?

"O pão integral é preparado com um percentual de farinha integral, em torno de 50%. Tem maior teor de fibras, o que traz muitos benefícios para a saúde, além de outros nutrientes que mantêm por utilizar a farinha integral, como as vitaminas do complexo B", explica a nutricionista Margareth Xavier.

Diferentemente da farinha refinada, que possui basicamente amido (carboidrato dos cereais) pelo fato de ter sido mais processada, a farinha integral contém todos os nutrientes do trigo e menos índice glicêmico. Segundo Margareth, a textura macia do pão integral industrializado pode confirmar a sua baixa quantidade de farinha integral.

Sobre a escolha por uma maior quantidade da farinha tradicional, a nutricionista comenta que as indústrias provavelmente fazem isso porque a farinha integral tem maior custo. "Além disso, como ela [a farinha integral] não faz parte do hábito alimentar do brasileiro, poderia ter maior rejeição do consumidor", completa.

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