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O número de pessoas preocupadas com a beleza e a saúde vem aumentando significativamente, logo a busca por uma alimentação mais saudável tem sido constante. O problema é quando esse comportamento passa a ser extremista, prejudica inclusive o convívio social e isso pode ser considerado um comportamento obsessivo patológico, chamado de ortorexia nervosa.

"Trata-se de indivíduos com escolhas alimentares acompanhadas de uma preocupação exagerada com a qualidade dos alimentos, a pureza da dieta (livre de herbicidas, pesticidas e outras substâncias artificiais) e o uso exclusivo de 'alimentos politicamente corretos e saudáveis'". A pessoa também evita de forma extrema alimentos com corantes, aromatizantes, conservantes, pesticidas, alimentos geneticamente modificados, alimentos com muito sal ou muito açúcar e tendem a usar utensílios de cozinha de modo ritualístico (p. ex.: somente cerâmica ou madeira).

De acordo com a nutricionista Ana Fornari, ela pode iniciar-se através de um distúrbio de personalidade ou de comportamento (do ponto de vista psiquiátrico), podendo ter relação com as crenças ou as atitudes ligadas a costumes religiosos ou filosóficos, já que muitas religiões valorizam práticas alimentares ascéticas. "O comportamento ortoréxico também poderia começar de modo inocente, com o desejo de curar ou prevenir doenças crônicas e melhorar o estado de saúde", diz ela.

São necessários mais estudos para descrever de modo mais completo o comportamento ortoréxico, sua etiologia, possível diagnóstico, tratamento, grupos e/ou populações vulneráveis.

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