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Consumo dos peixes
Em relação aos ingredientes mais utilizados na culinária japonesa, a cultura favorável ao consumo dos peixes aconteceu em decorrência da introdução do budismo no século VI. A partir de então, diversos tipos de carnes e aves foram gradualmente eliminados dos hábitos alimentares por decretos imperiais.
"Antes do surgimento dos meios refrigerados, os peixes eram armazenados em arroz cozido para conservar, devido à produção de ácido lático pelo cereal durante a fermentação. Curiosamente, o peixe com sabor levemente ácido agradava o paladar, e assim surgiu o sushi originalmente", conta Karelin.
De acordo com a nutricionista, o consumo preferencial dos peixes traz muitos benefícios para a saúde pela pequena quantidade de gordura saturada em comparação com as gorduras protetoras, como o ômega 3, cuja ação principal é atuar como anti-inflamatório.
Além disso, os peixes contêm grande variedade de nutrientes, como, por exemplo, vitamina D, importante para a manutenção óssea e na modulação do sistema imune, e o selênio, um potente antioxidante, além de também atuar no sistema imune e no funcionamento da tireoide.
Cuidados na escolha do peixe
Apesar de todos os benefícios dos peixes, é preciso ser criterioso na escolha do local de compra e consumo, principalmente em relação ao consumo saudável de peixe cru, pois esse deve ser absolutamente fresco, preferencialmente pescado em alto-mar e ter sido conservado em local extremamente limpo. Assim, haverá menor risco de contaminação por micro-organismos, que podem causar diversas reações, como náuseas, vômito, diarreia, entre outras.
Além disso, especificamente em relação ao salmão, sabe-se que boa parte dessa espécie de peixe que recebemos no Brasil está contaminada com mercúrio, um metal tóxico. "Na intoxicação por mercúrio ocorre o acúmulo desse metal pesado nos tecidos, que pode levar a alterações em diversas funções essenciais e causar, consequentemente, o desenvolvimento de algumas doenças em diversos tecidos, como doenças neurológicas, cardiovasculares e/ou hormonais", afirma Karelin.