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Uso de laxantes
A automedicação sempre foi considerada um risco e com os laxantes não é diferente. Para Barros, no caso das crianças, a família deve ser orientada a preferencialmente manter atitudes positivas e de suporte. "O tratamento se baseia na correção alimentar, com adequação da ingestão de fibras e de líquidos, e na reeducação para uso do toalete. A criança deve ser orientada a ir ao sanitário de duas a três vezes ao dia para tentar evacuar por 5 a 10 minutos após as refeições."
Quando o uso dos laxativos é inevitável, o médico deve escolher qual é a melhor indicação para o seu paciente e, portanto, o tratamento deve ser individualizado. "Se existir massa fecal no abdome, ela deve ser removida e hoje, na maioria dos casos, é indicado o uso de laxativos orais em doses altas por um a sete dias, dependendo do tamanho da massa. Em casos raros pode ser necessária a desimpactação fecal por lavagem intestinal", ressalta a médica.
Vale ressaltar que o tratamento para a constipação intestinal é prolongado e deve ter adesão tanto do paciente como da família, que precisa ter atitude colaborativa. Quanto à prática de exercícios, ela é recomendada como tratamento auxiliar na terapia de manutenção.
Dra. Maria do Carmo Barros de Melo é graduada em Medicina, mestre em Ciências da Saúde e doutora em Medicina (Gastroenterologia) pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Atua na área de Medicina, com ênfase em Saúde da Criança e do Adolescente (Gastroenterologia Pediátrica, reanimação cardiopulmonar, telessaúde), e coordena o Laboratório de Simulação da Faculdade de Medicina da UFMG.
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