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O aspartame possui algum substituto no mercado de alimentos dietéticos?
Existem vários tipos de adoçantes dietéticos, que podem ser utilizados em substituição ao aspartame ou a ele combinados, para obter melhor efeito com menores quantidades e maior segurança (a indústria usa essa estratégia nos adoçantes e em diversos produtos alimentícios):
• Os polióis (sorbitol, manitol) são utilizados principalmente pela indústria alimentícia e, por sua menor absorção intestinal, têm um valor calórico baixo (2,4 quilocalorias por grama ingerido). Não sendo totalmente absorvíveis, podem provocar fermentação intestinal e até diarreia, quando ingeridos em quantidades excessivas (acima de 20 g de manitol ou 50 g de sorbitol).
• A sacarina (o mais antigo dos adoçantes artificiais), o ciclamato e o acessulfame-K apresentam poder adoçante de alta intensidade, comparados à sacarose, e valor calórico nulo. A sacarina tem como uma de suas principais vantagens o baixo custo. É um dos adoçantes mais associados a críticas, em função de seus possíveis efeitos cancerígenos (observados em estudos com ratos, com dosagens extremamente elevadas do produto), contestados posteriormente. O mesmo se pode dizer do ciclamato – estudos experimentais com doses elevadas desse adoçante, administradas a ratos, sugeriram efeito potencialmente cancerígeno, também não comprovado. A sacarina, o ciclamato e o acessulfame-K deixam gosto residual amargo e metálico, em altas concentrações. Esses três adoçantes são estáveis ao armazenamento e a temperaturas elevadas. A sacarina e o ciclamato de sódio não são os adoçantes mais recomendados para pessoas hipertensas, em função de seu teor de sódio. Já o acessulfame-K não apresenta estudos que comprovem efeitos prejudiciais à saúde.
• Um outro grupo de adoçantes é aquele formado por produtos obtidos de extratos vegetais, como o esteviosídeo (extrato das folhas da Stevia rebaudiana), produto não metabolizável e não calórico, quase totalmente absorvido pelo trato gastrointestinal alto e eliminado sem alterações pela urina. Dependendo do grau de pureza, seu sabor pode ser desagradável (sabor residual amargo). Até o momento, não se conhecem estudos que contestem sua inocuidade para a saúde, podendo ser utilizado por diabéticos, crianças e gestantes.
• A sucralose apresenta alto poder adoçante. É derivada da cana-de-açúcar e, por ser modificada em laboratório, não é metabolizada pelo organismo, não fornece calorias e não eleva a glicemia. Mesmo em estudos com dosagens muito elevadas, a sucralose não teve efeitos adversos comprovados. Outra vantagem desse adoçante é não possuir sabor residual amargo ou metálico. Seu custo, entretanto, é elevado. É um adoçante que pode ser utilizado por diabéticos, crianças e gestantes.