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Até meados da década de 90, o aspartame era considerado o adoçante de maior sucesso no mundo. Sua segurança foi comprovada em numerosos estudos, que evidenciaram a ausência de toxicidade e carcinogenicidade a ele associadas.

Com base em referências científicas, o Ministério da Saúde, através da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que estabelece recomendações quanto ao uso seguro dos adoçantes, definiu para o aspartame a ingestão diária aceitável (IDA) de 40 mg/kg de peso corpóreo. Assim, seria necessário o uso de 10 gotas (40 mg) por quilo de peso corpóreo, o que leva ao limite máximo de 600 (seiscentas) gotas diárias, para uma pessoa de 60 kg. Abaixo desse limite, a utilização do produto é considerada segura.

Entretanto, nos últimos anos a mídia tem divulgado algumas notícias questionando a segurança no uso desse adoçante, como já ocorreu no passado em relação aos ciclamatos e à sacarina, adoçantes produzidos antigamente.

Em entrevista ao Idmed, a nutricionista Denise Giacomo da Motta fala sobre o que os mais recentes estudos sobre o aspartame revelam, quais são os seus principais tipos e como eles podem ser consumidos sem causar prejuízos ao seu organismo. Confira!

 

Em quais produtos o aspartame está presente em maiores quantidades? É somente nos adoçantes?

O aspartame é um adoçante, ou seja, um produto que substitui o açúcar, sem fornecer quantidade significativa de calorias e sem elevar a glicose do sangue. Seu sabor, entre os adoçantes artificiais, é um dos que mais se aproximam do sabor da sacarose, tendo ainda a vantagem de não deixar sabor residual amargo, químico ou metálico. Devido a seu alto poder adoçante, de até 200 vezes maior que o açúcar, são necessárias quantidades mínimas de aspartame para produzir a doçura desejada, o que determina um valor calórico desprezível. As restrições ao uso, do ponto de vista do processamento de alimentos, têm a ver com sua instabilidade ao calor. Adoçantes à base de aspartame não são indicados para preparações submetidas a altas temperaturas, como assados, porque dessa forma perdem seu poder de adoçar. Além de disponível para uso doméstico, o aspartame é bastante utilizado na fabricação de refrigerantes e outras bebidas consideradas "light", "diet" ou "zero açúcar".

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