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E você sabia que, além do sal de cozinha refinado, existe também o sal light e o sal marinho? O cloreto de sódio (que é o sal de cozinha refinado) se dissolve nos líquidos corporais, ou seja, na água do organismo. Então, quanto maior for a ingestão de sal comum, mais líquidos serão necessários para dissolvê-lo, ocorrendo retenção de líquidos no corpo. O cloreto de potássio (que é o sal chamado light) fica menos tempo no organismo, diminuindo a retenção de água, ideal para hipertensos, porém não aconselhável aos portadores de problemas renais, porque nesses casos os rins podem acumular potássio, podendo levar a problemas cardíacos. Já o sal marinho contém cerca de 84 elementos, dentre eles: iodo, enxofre, bromo, magnésio, cálcio, entre outros. Segundo Eroni, o sal marinho e o light são melhores que o refinado.

Tem quem ache que é diferente o fato de cozinhar os alimentos com sal, ou colocá-los depois do preparo, mas Eroni diz que os efeitos são os mesmos. Porém, como as frutas e os legumes são ricos em água, o ideal é que seu cozimento seja em água pura, sem sal, pois quando se coloca um legume para cozinhar em água com sal ocorre o fenômeno da osmose (ou seja, a água do alimento passa para a solução que é o sal), por isso cenoura e milho, por exemplo, murcham após esse tipo de cocção. Então para esses tipos de alimentos é preferível colocar o sal após seu cozimento. "Mas, como medida preventiva, não se deve colocar saleiro à mesa para evitar um acréscimo aos alimentos", diz ela.

Mas como se acostumar com uma comida com menos sal? Eroni explica que o gosto pelo sal é adquirido, ninguém nasce gostando de sal, por isso, a quantidade mínima é o suficiente, e o organismo acostuma, mesmo porque todos os alimentos possuem sódio em sua composição.

Uma dica é utilizar ervas como tempero, que têm em sua composição poderosas substâncias e hortaliças que contribuem para o bom funcionamento de todo o organismo. Elas ajudam o paladar a enfrentar a fase de adaptação à comida menos salgada. O limão também pode ser usado, pois, além de contribuir com a vitamina C, disfarça a falta do sal. "Costumo orientar os meus pacientes para que façam uma espécie de kit temperos: utilizar o açafrão (que considero o elixir da juventude) na quantidade de um pacotinho, a mesma quantidade de manjericão, orégano, coentro, salsinha, hortelã, tomate seco em flocos, todos desidratados, misturar tudo e guardar em recipiente apropriado para utilizar em saladas, com limão ou vinagre de maçã, dispensando totalmente o sal. Pode-se utilizar em patês com ricota, azeite de oliva, iogurte natural desnatado, onde também o sal é dispensado, e em outras preparações, como refogados etc.", aconselha Eroni. Para temperar carne, alecrim e sálvia. Para peixes e massas, manjericão e para o arroz, alho, cebola e cebolinha.

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